Os anos 60, acima de tudo, foi um período de explosão de juventude em todos os aspectos. Era a vez dos jovens, que influenciados pelas idéias de liberdade começavam a se opor à sociedade. O movimento passou a caminhar pelas ruas nos anos 60 e influenciaria novas mudanças de comportamento, como o pacifismo do final da década. Durante essa década, o reduto jovem mundial se transfere para uma região dos Estados Unidos, mas precisamente na Califórnia que recebia pessoas de todas as partes do mundo e também por isso, berço do movimento hippie, que pregava a paz e o amor, através do poder da flor (flower power), do negro (black power), e da liberação da mulher. Manifestações e palavras de ordem mobilizaram jovens em diversas partes do mundo.
Mas ao mesmo tempo um problema iria assumir proporções internacionais também a partir dos anos 60. Em muitos países, os estudantes substituíam a rotina das aulas pela rotina das greves, das manifestações, dos protestos e das ocupações de faculdades. Suas organizações políticas multiplicavam-se e os choques com a polícia tornavam-se freqüentes. Protestos comuns iam dando um mesmo sentido às manifestações em várias partes do mundo: as demonstrações eram contra a guerra do Vietnã, contra o racismo, pela paz, pelos subdesenvolvidos.
A foto retrata uma criança, durante a segunda guerra mundial.
A esse conjunto de manifestações, que surgiram em diversos países, deu-se o nome de contracultura. Uma busca por um outro tipo de vida, underground, à margem do sistema oficial. Faziam parte desse novo comportamento, cabelos longos, roupas coloridas, misticismo oriental, música e drogas.
Psicodelismo
O psicodelismo, também chamado de psicodélia, foi um dos caminhos que grande parte da juventude estava escolhendo. Apesar de pouco tempo, o movimento foi de grande influência. Mas naquela época era até uma utopia buscar novas expressões da mente, ainda que fossem simplesmente alucinações imaginativas, imagens irreais ou surreais, sons inexistentes que são ouvidos, impressões daquilo que não existe, mas é percebido.
Vale destacar também que essa arte psicodélica foi causada muitas vezes pelas drogas alucinógenas. Essas drogas eram permitidas, com uso dessas drogas, causava uma influência na percepção, através das luzes imitadas nos concertos através de contrastes de luzes, esse jogo muitas vezes tinha influência com os acordes de guitarra. A principal droga causada a partir desses efeitos era o LSD, também conhecido como uma substância sintética que causa alucinações, em sua maioria, na área visual ou auditiva. Os primeiros efeitos são físicos e começam cerca de uma hora após a ingestão da droga. Os efeitos variam de uma vaga sensação de ansiedade, sendo acompanhados por aceleração da pulsação, pupilas dilatadas, dentre outros. Em seguida, o usuário entra num estado de grande capacidade de receber e analisar de forma estrutural as informações do ambiente fica distorcida. A experiência pode induzir a um estado de cruzamento dos sentidos, no qual o usuário “vê a música e ouve cores”. A percepção espacial também é alterada e as cores têm suas intensidades realçadas; imagens caleidoscópicas e tridimensionais flutuam no vazio. Dessa forma os artistas psicodelicos desejavam obter esses efeitos de vibração óptica através das cores e das formas das letras.
A cor, neste cartaz, é tratada de forma diferente. A “confusão” não se dá através do contraste tonal, que provoca uma vibração, mas sim pela grande quantidade de cores e texturas diferentes. As letras também são preenchidas com texturas o que, propositalmente, dificulta a leitura visto que o texto e o fundo se confundem.
Uma outra forma dessa arte psicodélica ser retrata é uma sobreposição de imagens e textos altamente coloridos e contrastantes. Era relativamente simples de ser produzida. Muitas vezes era utilizada a tecnologia do “faça você mesmo”.
Algumas capas de discos que fizeram sucesso durante essa época foram,
The Beatles - Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band
a consagrada capa deste disco fundamental dos Beatles, lançado pela Parlophone, é provavelmente a mais famosa já criada. Utiliza personagens da cultura pop norte americano, além de contrastar imagens coloridas com imagens em preto e branco.
Cream – Disraeli Gears
Ilustrações psicodélicas eram as preferidas para as capas de discos de bandas de rock. O design de Martin Sharp traz ícones surrealistas de alucinações induzidas por drogas em vermelho e amarelo lisérgicos. O LP foi lançado pela Polydor. Essa capa é um exemplo clássico do efeito psicodélico causado pelo uso do LSD: Temos um grande número de imagens caleidoscópicas sobrepostas, causando uma sensação de alucinação visual, que é reforçada pelo uso de tons saturados, que ora se contrastam com tons mais luminosos.
Psicodelismo e suas comparações
Fazendo uma breve comparação com o movimento dos modernistas, essas formas psicodélicas, de certa forma rejeitavam o modernismo como algo fora de moda. Enquanto os modernistas buscavam tendências para aceitar novas inspirações, o psicodelismo olhava para todos os lugares, muitas vezes através das alucinações provocadas por drogas alucinógenas. Muitos artistas psicodélicos buscavam inspiração no início do século, incorporando como o movimento da Art Nouveau.
Op.art.
É um movimento usado para descrever quadros que explora o que o olho pode ver através das ilusões ópticas. Os trabalhos de Op.art. são em geral abstratos, e muitas das peças mais conhecidas usam apenas o preto e o branco. Quando são observados, dão à impressão de movimento, clarões ou vibração, ou por vezes parecem inchar ou deformar-se.
Um dos grandes nomes da Op.art. foi Victor Vasarely.
Depois de um período de expressão figurativa, decidiu optar por uma arte construtivista e geométrica abstrata. Experimentou o uso de transparências e cores em projeções, produziu tapeçarias e publicou suas primeiras gravuras. Seus quadros combinam variações de círculos, quadrados e triângulos, por vezes com gradações de cores puras, para criar imagens abstratas e ondulantes.
Que é inteiramente composto por listas diagonais a preto e branco, curvadas de tal modo que dão à impressão tridimensional de uma zebra sentada, devem ser consideradas as primeiras obras de Op.art.
Um dos mais conhecidos da Op.art. foi Bridget Riley. Com influências de Vasarely, pintou uma série de quadros só com linhas pretas e brancas. No entanto, em vez de dar a impressão de um objeto do mundo real, os seus quadros deixavam frequentemente à impressão de movimento ou cor. Mas tarde ela faria trabalhos produzidos por cores, que assim similar ia à mesma sensação de uma obra preto e branco.
Exemplo disso poderá ser visto nessas obras.